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sexta-feira, 13 de julho de 2012

PASSIFLORA / MARACUJÁ



FLOR DO MARACUJÁ E FRUTO
 




Planta medicinal indicada como sedativa, antiinflamatória, vermífuga, etc

O maracujá é uma trepadeira que cresce geralmente ao pé das grandes árvores. Possui folhas grandes, flores coloridas, cálice verde por fora, branco e lilás por dentro. São muito vistosas. O fruto é amarelo. A palavra maracujá vem do idioma tupi, que significa "alimento dentro da cuia". Existem vários gêneros de maracujá. As flores são características.
O maracujá é nativo do Brasil, mas hoje pode ser encontrado em partes da Europa, Estados Unidos e em outros países de clima tropical.
As propriedades químicas características do maracujá são: alcalóides, sais minerais, vitaminas, A, B1, B2, C, entre outros, além de grande quantidade de potássio, saponina e pectina.
Uso Medicinal:
Dentre as propriedades terapêuticas destacam-se: sedativa, emenogoga, antiinflamatória, depurativa, vermífuga, antiespasmódica, analgésica, antidisentérica, ansiolítica, antialcoólico, (antidrogas heroína, maconha, etc).
Entre as indicações constam: irritabilidade, insônia, perturbação da menopausa, hipertensão arterial, excitação nervosa, estresse, hemorróidas e desequilíbrio do sistema nervoso central.
Nos eventos epiléticos, o uso regular da infusão das folhas diminui a intensidade e a freqüência das crises.
A ação sedativa do maracujá faz com que alcoólicos e drogados suportem melhor o desejo de usar as drogas e ajuda a superar a ansiedade que os acompanha.
Existem, mais ou menos, 160 espécies diferentes de maracujá, sendo que apenas 60 produzem frutos.
A vitamina C estimula o sistema imunológico melhorando as defesas naturais do organismo, contra os invasores externos. A polpa é rica em betacaroteno e possui grande quantidade de potássio, que pode reduzir os riscos de derrames cerebrais, segundo relatam pesquisas recentes.
O New England Journal of Medicine publicou estudos mostrando que as pessoas cuja dieta era pobre em potássio, foram consideradas três vezes mais sujeitas ao risco de morte após derrame cerebral, quando comparadas com as que se alimentavam com frutas ricas naquele elemento. A pesquisa afirmou também, que uma porção diária de frutas e vegetais frescos pode reduzir em 40% os riscos de derrame cerebral, independente de outros fatores.
Conhecidas pesquisas da Universidade John Hopkins, EUA, sugerem que o aumento no consumo de potássio pode contribuir para baixar facilmente a pressão sangüínea das pessoas em geral, servindo como alternativa para os remédios ou drogas de hipertensão não muito acentuada.
Craig C. Frank, da Associação Dietética Americana, e epidemiologista da Universidade Estadual de Louisiana, EUA, reforça o mesmo conceito: "A adição de uma fruta a mais na dieta oferece maior proteção contra a morte causada por derrames cerebrais."
As folhas do maracujá têm substâncias capazes de atuar como depressoras do sistema nervoso central. Esses elementos possuem ação semelhante aos neurolépticos, potentes tranqüilizadores usados no tratamento de doenças mentais graves como a esquizofrenia. Segundo o Dr. J. Roberto Leite, da Escola Paulista de Medicina, substâncias sedativas e tranqüilizantes foram encontradas nos extratos de folhas secadas à sombra.
Preparação e emprego:
Uso externo:
Artritismo e gota: Chá das folhas por decocção, sob a forma de banhos quentes ou sob a forma de cataplasmas.
Hemorróidas: Uso externo. Folhas trituradas, aplicadas sobre os tumores hemoroidais, ou chá por decocção, sob a forma de clister.
Uso interno:
Folhas e raízes: para insônia, excitação nervosa ou irritabilidade.
Chá por decocção: Uma xícara, uma a três vezes ao dia.
Para alcoólicos e toxicômanos: Preparar 100g de folhas por infusão, num litro d'água, adoçando com mel. Tomar um copo quatro vezes ao dia.
O fruto é excelente para fazer suco, pois ainda assim conserva seus princípios ativos.



BABOSA / ALOE VERA

A babosa é uma planta cheia de benefícios. Com propriedades anti-inflamatória, antioxidante, imunomoduladora e cicatrizante, ela é facilmente encontrada. O gel (a polpa) de sua folha contém nutrientes como fibras,  vitaminas C e E, zinco e cálcio.
A babosa mostrou ser eficiente  na ajuda do controle da pressão arterial,  no emagrecimento e ainda ajuda a você dormir bem melhor.
A babosa ajuda na perda de peso, auxiliando no funcionamento do intestino e eliminando as toxinas existente no organismo, como dito acima, é um antioxidante. A babosa Assim como qualquer outra planta, o suco como no caso, pode ser utilizado como auxiliar em alguns tratamentos e sob ainda a orientação de um profissional da área de saúde, ex. um farmacêutico.

A planta  com suas substâncias  auxilia no controle da  hipertensão arterial, problema sofrido por grande parte da humanidade, 
A babosa estimula  funções , Ela ainda ajuda a proteger o estômago contra úlceras e gastrites. promove a produção de muco protetor do estômago. A planta ainda é rica em triptofano, que contribui para melhorar a qualidade do sono e estimular por conseguinte o bom humor.
Pesquisas atuais verificam a possível aplicação da babosa como terapia preventiva e auxiliar no tratamento do  câncer. 
As pesquisas  esclarece também como  a planta ajuda a reforçar o sistema imunológico.
- Ela possui polissacarídeos, entre eles os mais estudados, são as “mananas-acetiladas”, que normalizam o metabolismo celular e têm a função de estimular e ativar as células de defesa.

TREVO DE QUATRO FOLHAS


Trevo de quatro folhas  (azedinha)






Trevo de quatro folhas,  uma folha de trevo que apresenta quatro em vez dos normais de três comuns na maioria das espécies do géneroTrifólium que pertencem os trevos,incluindo o vermelho, não de 4 folilos, mas de tres e com uma observação: as folhas do trevo vermelho(vinho) são bem maiores. Com origem nas antigas tradições dos povos celta,(druidas),acredita-se que encontrar um trevo-de-quatro-folhas é um sinal de boa sorte, é usado também por outras civilizações tradicionais desde antes de Cristo como amuleto tal qual pode proporcionar boa sorte, amor, felicidades, fé e muito mais esperança, existe até lendas sobre o trevo de quantro fólilo principalmente.  pelo que o trevo-de-quatro-folhas é usado em iconografia (cultura)diversa e como   imagem  de linguage corrente.
A procura de trevos-de-quatro-folhas levou ao surgimento de estufas específicas também com entrada de sol, para o cultivo e de técnicas de cultivo que aumentam a probabilidade dessa anomalia surgir até então.
Existem trevos de quatro folhas que podem ser cultivados, porém, eles têm necessidade de uma temperatura média de aproximadamente 25°C.
Precisam de agua constante, ou, se forem criados dentro de casa, precisam ser regados pelo menos três vezes na semana.
Dependendo da quantidade de luz que recebem, suas folhas podem ficar bem grandes, chegando a "rasgar" as extremidades. Obs. Se hover sol o tom de verde de suas folhas pode tornar-se  mais escuro  e com muito mais vida.
São plantas dormideiras, precisando de, pelo menos, oito horas de escuridão para que tenham um bom desenvolvimento.
Outra observação que faço questão de mensionar aqui;  Étambém usado em preparações flúidicas juntos com outras ervas consideradas sagradas  com finalidades espirituais  com sentido de bem estar, positividades e fortalecimento espiritual visando vitórias no decorrer dos futuros dias.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

JABUTICABA

Jabuticaba

UVA

AGUARDE  O QUE VC NUNCA OUVIU FALAR  SOBRE

PALMA E FRUTO

Palma Grande-(Opuntia)A mais resistente à Seca, " Nordeste"

A importância da palma  como alimento para o gado, principalmente qundo não  há mais pastagem verde por causa das grandes secas.

A palma é o alimento de maior uso pelos produtores da Bacia Leiteira , principalmente na época quente (verão). A palma mantém todo o tempo com seu grande  volume de água mantendo o  seu valor nutritivo mesmo com o seu crescimen contínuo.
A espécie mais cultivada é a palma miúda, também conhecida como palma doce (Nopalea cochenilifera) cujas raquetes alongadas possuem em média 23 cm de comprimento e uma  média de 12 cm de largura. É a que menos resistente tem à falta de água mas é a mais palatável e nutritiva. Também não tem longos espinhos quanto a palma grande.
Também são cultivadas embora em pequena escala, a palma grande (Opuntia ficusindica) com folhas em forma oval com até no máximo 50 cm de comprimento e a palma redonda (Opuntia sp) com 35 a  40 cm de comprimento em formas quase arredondadas.
A palma é resistente à falta de chuvas, armazena uma grande quantidade de água e é de boa digestão 
Um animal de grande porte, uma vaca, consome aproximadamente 45 kg de palma por dia. Mas a palma não deve ser o único alimento oferecido para as vacas por ter baixo teor de fibras e pode levar a uma diarréia naturalmente. O restante é complementado com outros volumosos, como pastos secos, silagens de milho ou sorgo, feno, palhadas de restos de culturas, bagaço de cana, farelo de soja, com enriquecimento protéico  para também evitar a ocorrência de diarréias.
A palma é uma planta que exige solo de qualidade para ter bom rendimento. Uma boa fonte de nutrientes, o esterco de curral, é muitas vezes desprezado por produtores que desconhecem o potencial deste adubo orgânico, capaz de duplicar a produtividade da palma. 
A falta de conhecimento leva muitos pecuaristas a venderem grandes quantidades do adubo orgânico para outros produtores por não ter o conhecimente preciso.
As frutas da palma grande são comestíveis, nutritivas e de muito bom sabor.
Quanto a palma miúda , também é nutritiva e já é utilizada na culinária brasileira.

PITOMBA



Pitomba


terça-feira, 10 de julho de 2012

ENFISEMA

Enfisema


Alguns fatores hereditários também podem contribuir para o aparecimento do enfisema.
Relativamente rara, a deficiência congênita de uma enzima protetora dos pulmões pode indicar maior predisposição para desenvolver a doença mesmo em não-fumantes. Nesse caso, ela se manifesta em pessoas mais jovens e sua evolução é mais rápida.

Sintomas

Respiração ofegante com chiado, tosse, sensação de sufoco são sintomas do enfisema, mas o pior deles é a falta de ar que se agrava à medida que a doença se agrava. Os pulmões se tornam menos eficientes e o peito adquire uma forma cilíndrica característica da doença.
No enfisema, os alvéolos ficam comprometidos e perdem a capacidade de fornecer oxigênio ao sangue e dele retirar o dióxido de carbono.
Alvéolos saudáveis são minúsculos, numerosos, esponjosos e elásticos.
No enfisema, são maiores, menos numerosos e comparativamente mais rígidos.
 Nos estágios avançados da doença, a pessoa fica impossibilitada de executar até mesmo atividades físicas insignificantes e pode necessitar de oxigênio suplementar. Nesses casos, o enfisema pode ser fatal.

Apague o seu cigarro

Recomendações

* Se você fuma, abandone o cigarro. A suspensão do fumo impede a progressão da doença, porém não reverte o processo. Os danos aos alvéolos são permanentes e os sintomas do enfisema permanecem. Novos tratamentos que buscam minimizar seus efeitos vêm sendo testados com sucesso.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

ÓLEO DE COCO




Coco seco




O excesso de peso tem aumentado em taxas alarmantes no Brasil e no mundo, sendo mais atribuído aos fatores ambientais, em especial à dieta e ao sedentarismo, que a fatores genéticos.
As pessoas estão sempre em busca de produtos que acelerem o metabolismo e ajudem a emagrecer. Atualmente, o óleo de coco é o mais badalado, sendo
recomendado em cápsulas, adicionados à comida ou ingerido a “colheradas”.
O óleo de coco é um óleo vegetal composto  com  mais de 90% de gordura saturada. É rico em triglicerídeos de cadeia média,  que é rapidamente absorvido e metabolizado, não se acumulando no organismo na forma de gordura.
É transformado em energia no fígado.
Como não é armazenado no organismo na forma de gordura, o uso excessivo tem aumentado a gordura no fígado (Esteatose Hepática) e os valores de colesterol sanguíneo. É um óleo mais caro e com pouca palatabilidade. Não sendo recomendado para emagrecimento, somente como suave regulador tintestinal.
Aconselha-se evitar as gorduras saturadas, ex.: dendê, oleo de coco e que pode ser substituidoo uso desses por óleos de oliva, rico em gordura monoinsaturada para temperar saladas, e óleos de canola e soja, ricos em ácidos graxos poliinsaturados, para a culinária.
Lembrando que devem ser utilizados em pequena quantidade pelo alto valor calórico.
As estratégias de emagrecimento são : dieta + reeducação alimentar, exercícios físicos, fármacos (medicamentos indicados por médicos), cirurgias e terapias comportamentais, sendo que a base é a dieta e a atividade física.
Não existe milagre para emagrecer e manter o peso. É preciso a conscientização de um estilo de vida saudável. Não será através de cápsulas que iremos acelerar o metabolismo ou reduzir o peso, mas através da alimentação e estando mais ativo no dia a dia e com a prática de atividade física planejada.

ÁGUA DE COCO

Coco verde


A água de coco é considerada um isotónico natural por ser rica em minerais. A presença de eletrólitos, tais como sódio e potássio, possibilita uma absorção mais rápida, recuperando as perdas destes minerais através da urina e da pele.


Além disso, a água de coco é a única bebida isotónica natural disponível comercialmente. Portanto, é ideal para repor o líquido perdido depois das actividades físicas e para a recuperação nos casos de desidratação, por ser um excelente soro vegetal.

A água de coco é um bom remédio para ressaca, porque seus carboidratos repõem a energia perdida com o excesso de bebida alcoólica.

É empregada como conservante para córneas humanas destinadas a transplantes.

Foi usada durante a II Guerra Mundial como soro fisiológico, sendo injectada na veia de soldados feridos para equilibrar os líquidos do organismo nas cirurgias de emergência.

Conhecida receita das avós para aliviar as náuseas das mulheres grávidas e para proteger as crianças da desidratação nos quadros de diarreia, a água de coco é conhecida por ter uma composição bastante próxima à do plasma humano.





Além de hidratar, a água de coco consegue enganar a fome típica que surge nos intervalos entre as refeições. E tem uma outra qualidade fundamental: contém bastante potássio, o que auxilia no funcionamento do intestino. Os alimentos são digeridos rapidamente e o paciente perde peso mais facilmente.
«Tomar um coco ajuda a metabolizar a comida. Isso é muito importante para quem está a fazer dieta», afirma Mónica Monteiro, presidente da Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.


Entre os atributos positivos, a água de coco tem, também, poucas calorias. Beber um copo equivale a comer uma laranja inteira ou meia maçã.

«Se uma pessoa que está a tentar perder peso tiver fome à tarde, por exemplo, pode substituir o salgadinho ou a sanduíche por um copo de água de coco. Assim, não engorda e deixa de sentir fome», aconselha a nutricionista clínica Débora Auad Tauil.


Não existem contra-indicações para quem toma entre um a três copos de água de coco por dia. Mas problemas podem surgir depois dos três copos. Pessoas que sofrem de diabetes, hipertensão e deficiência renal não devem tomar muita água de coco porque ela contém sódio e outras substâncias que podem acirrar essas doenças.

O coco verde é rico em proteínas, gorduras, calorias, sais, hidratos de carbono e vitaminas A, B1, B2, B5 e C. Seus efeitos curativos devem-se, principalmente, ao conteúdo de magnésio. O ser humano necessita dele para conservação da tensão muscular. Sabe-se que a polpa do coco age como adstringente nas hemorróidas.

A água de coco verde é deliciosa, refrescante, nutritiva e terapêutica, além de exótica. A sua composição físico-química é semelhante à do soro fisiológico.




São muitos os benefícios da água do coco, nomeadamente:

□ Hidrata e amacia a pele
□ Reduz o nível de colesterol
□ Combate e trata da úlcera estomacal verminose infantil
□ Previne e auxilia no tratamento da artrite
□ Controla a pressão arterial
□ Combate a desidratação
□ Repõe imediatamente a energia
□ Evita vómitos e náuseas durante a gravidez
□ Depura o sangue
□ É calmante natural
□ Reduz a febre
□ Combate a prisão de ventre

□ Previne o enjoo causado pela maresia.





domingo, 8 de julho de 2012

TABAGISMO PASSIVO






   Para cada doença citada abaixo, os riscos são 10% a 150% maiores entre os tabagistas passivos que entre os não fumantes, e quanto maior a exposição à fumaça do tabaco, pior. Não importa se é cachimbo, cigarro ou charuto.  As informações abaixo não são meras possibilidades, mas sim fatos comprovados com o melhor da ciência moderna.
Os riscos do tabagismo passivo começam antes da pessoa nascer. Não apenas as grávidas fumantes têm mais complicações nas suas gravidezes, mas também o tabagismo passivo da grávida aumenta o risco de malformações congênitas, ou seja, do bebê nascer com defeito, além de aumentar o risco de baixo peso ao nascer, o que por sua vez aumenta muito o risco de outras complicações para o recém-nascido. Além disso, o tabagismo passivo da gestante aumenta a chance da criança vir a desenvolver asma, e mesmo entre as crianças sem asma a função pulmonar é menor caso a mãe tenha sido exposta ao tabaco.
O risco de asma, entretanto, não se restringe ao tabagismo passivo durante a gravidez.
Crianças e adolescentes expostos à fumaça do cigarro em casa têm mais risco de desenvolver asma, e caso tenham asma, têm crises mais frequentes que as crianças e adolescentes que não são fumantes passivos.
Para ficar ainda na parte respiratória, bebês fumantes passivos têm mais risco de, literalmente, morrer de repente. Em termos técnicos, o tabagismo passivo é uma das principais causas de morte súbita do lactente.
A exposição à fumaça do tabaco também aumenta o risco de uma criança menor de 4 anos de idade ter uma pneumonia bacteriana ou viral, ou de ter otite média (aguda ou crônica), que é uma infecção dentro do ouvido.
O aparelho respiratório dos adultos também sofre, e muito, com o tabagismo passivo. Adultos expostos à poluição do tabaco têm maiores chances de desenvolverem asma, ou de ter pneumonia grave. Além disso, o tabagismo passivo está associado ao desenvolvimento de tuberculose, câncer de pulmão, e o  que chamamos tecnicamente de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que são as duas doenças,   enfisema pulmonar e bronquite crônica.
A poluição do ambiente pela fumaça do tabaco também aumenta as chances de um adulto ter doença cardíaca coronariana, que envolve desde a angina até o infarto agudo do miocárdio. Detalhe que a doença cardíaca coronariana é a segunda maior causa mortis no Brasil; a primeira é o derrame cerebral (acidente vascular cerebral, ( AVC  ), que também é mais frequente entre os tabagistas passivos que entre os não fumantes.
A fumaça que vem da queima do tabaco ( pela combustão ) é um dos principais componentes da poluição do ar, especialmente em ambientes fechados. E quando dito fechado, isso não significa apenas janelas fechadas ou sem ventilador. Até mesmo um simples toldo atrapalha a dispersão da fumaça (por isso, áreas de churrasqueira têm chaminé), e a velocidade do vento necessária para retirar toda a poluição de um ambiente fechado seria semelhante à de um furacão, e não à de um ventilador.
A exposição à fumaça do tabaco, ou seja, o tabagismo passivo, afeta não apenas o próprio fumante, mas também seus parentes e seus colegas de trabalho. Além disso, permitir aos clientes que fumem em aviões, bares, hoteis e outros estabelecimentos expõe os funcionários à poluição ambiental do tabaco.
De um ano para cá a realidade sobre tabagismo passivo melhorou muito.
A lei federal nº 9294 já proibia o fumo em ambientes fechados coletivos, mas pela falta de detalhamento era inviável fiscalizar os ambientes. Já vários estados brasileiros adotaram leis contra o tabagismo passivo, definindo melhor as medidas que os ambientes devem adotar para evitar que os não fumantes sejam expostos à fumaça do tabaco,  aplicando multas para os donos de estabelecimentos que permitam o fumo em área indevida.
Estudos internacionais comprovam que esse tipo de legislação é capaz de diminuir as chances de um não fumante adoecer, e no Brasil, os resultados também são positivos.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

CARDO MARIANO - SILIMARINA

Cardo mariano  -  Carduus marinus


O cardo mariano é originário da área mediterrâneo (Sul da Europa, Norte da África), sendo introduzido  mais tarde na América do Norte, América do Sul e em vários outros locais.
A planta é comestível e os frutos são de uso medicinal. 
O cardo possui receptáculo floral comestível, e por ser hepatoprotetor sua cultura se disseminou pelo mundo a fora

SilimarinaSilimarina ou Cardo MarianoHepatoprotetor
desentoxicante e antioxidante


A silimarina é o nome genérico de um grupo de compostos naturais (silibina, silidianina e silicristina) extraída do fruto da planta medicinal Carduus marianus, reconhecida por sua atividade anti-hepatotóxica. A silimarina protege contra as mais severas necroses hepáticas, tais como as provocadas pelo tetracloreto de carbono e contra lesões tóxicas do fígado ocasionadas pelas toxinas de cogumelos venenosos. As substâncias ativas do Carduus marianus podem ser usadas curativamente depois da ingestão de produtos tóxicos. Uma vez que alguns venenos levam algumas horas a serem absorvidos e a chegar ao fígado, a silimarina pode atrasar a sua assimilação, permitindo ao organismo eliminar as toxinas. Contudo, o efeito curativo é mais fraco que o efeito preventivo. Outro efeito terapêutico é devido à silibina, esta estimula várias funções das células hepáticas, tais como a proliferação celular, a síntese proteica, a assimilação do oxigênio, a formação de energia, a reparação das membranas celulares danificadas, etc.
A silimarina tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células hepáticas contra a peroxidação lipídica da membrana celular e das organelas dos hepatócitos, resguardando, desta forma, sua integridade e, assim, a função fisiológica do fígado de eventuais substâncias tóxicas, tanto de origem endógenas como exógenas.
Age aumentando a síntese de RNA mensageiro, o que acelera a síntese protéica.
É utilizada no tratamento de hepatopatias crônicas, cirrose hepática, esteatose e lesão hepatotóxicas, produzindo rápida melhora dos sintomas clínicos (cefaléia, astenia, anorexia, distúrbios digestivos, sensação de peso epigástrico, etc.).
A silimarina também estimula a atividade da superoxidodismutase (SOD) e aumenta os níveis de glutation peroxidase (GSH), os dois principais sistemas enzimáticos envolvidos na neutralização dos perigosos radicais livres do oxigênio.
A silimarina tem ainda ação antiinflamatória e antialérgica.
De vários estudos realizados por intoxicação com álcool chegaram a conclusão que 440 mg/dia de silimarina em 4 semanas de tratamento foi capaz de reduzir os níveis enzimáticos alterados pelo uso do álcool.
No alcoolismo crônico o etanol é convertido a acetaldeído pelo álcool desidrogenase e uma parte por uma via metabólica acessória que usa o sistema oxidativo microssomal.
Neste caso a peroxidação lipídica induzida pelos radicais livres parece ser o mecanismo principal para os danos nos hepatócitos, sobretudo quando a concentração de glutation é baixa.
Em casos de cirrose micromodular e fibromatose hepática por abuso de álcool, a mesma dose de silimarina, mas com a administração durante 6 meses.
Com o tratamento de silimarina pode-se detectar que em todos os casos de cirrose há diminuição das enzimas asparto-amino-transferase, alanina-amino-transferase, GOT, GPT, -GT, bilirrubina e por outro lado aumento dos níveis de SOD e glutation peroxidase.
A silimarina também foi capaz de reduzir o dano hepático provocado por psicofármacos que são metabolizados por peroxidação lipídica como as butirofenonas e fenotiazinas.
A exposição a solventes orgânicos como tolueno e xileno tem seu efeito tóxico reduzido com o uso da silimarina, com doses de 420 mg/diários por 30 dias.

Sendo indicado nos casos de: 

Hepatite viral, hepatopatias crônicas de diferente etiologia (tóxicas, metabólicas, infecciosas, alcoólicas) cirrose e esteatose. ( regeneração hepática ).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

MANDACARU : PESQUISAS CIENTÍFICAS

Brasileira de Farmacognosia

Print version ISSN 0102-695X

Rev. bras. farmacogn. vol.20 no.4 Curitiba Aug./Sept. 2010

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2010000400003 

ARTIGO

Avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos de ratas no segundo terço da gestação submetidas à ação do extrato metanólico de Cereus jamacaru DC., Cactaceae

Evaluation hematological and biochemical parameters of rats in the second thirds of the gestation submitted to the action of the extract methanol of Cereus jamacaru DC., Cactaceae


Júlio B. MessiasI,*; Mércia C. M. CaracioloII; Inalda M. de OliveiraIII; Ulisses R. MontarroyosIV; Isla V. G. A. BastosV; Martha de O. GuerraVI; Ivone A. SouzaV
IInstituto de Ciências Biológicas, Universidade de Pernambuco, Rua Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro, 52210-220 Recife-PE, Brasil
IICentro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fiocruz, Av. Professor Moraes Rego s/n, Cidade Universitária, 50670-420 Recife-PE, Brasil
IIICentro Acadêmico da Vitória de Santo Antão, Universidade Federal de Pernambuco, Rua Alto do Reservatório s/n, Bela Vista, 55608-680 Vitória de Santo Antão-PE, Brasil
IVFaculdade Maurício de Nassau, Rua Fernando Lopes, 778, Graças, 52011-220 Recife-PE, Brasil
VDepartamento de Antibióticos, Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego s/n, Cidade Universitária, 50670-901 Recife-PE, Brasil
VICentro de Biologia da Reprodução, Universidade Federal de Juiz de Fora, Caixa Postal 328, 36001-970 Juiz de Fora-MG, Brasil




RESUMO
Os efeitos da administração oral do extrato metanólico (EM) de Cereus jamacaru DC., Cactaceae, foram investigados sobre os parâmetros hematológicos e bioquímicos em ratas Wistar adultas grávidas. Vinte ratas (n = 5 por grupo) foram tratadas durante quatro dias consecutivos com EM por via oral nas doses de 100, 250 e 500 mg/kg de peso e, em seguida, determinados os perfis bioquímico e hematológico. Os resultados mostraram que durante o período do tratamento não foi observado efeitos nocivos ou óbitos. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos não foram modificados pela administração oral do EM, excetuando-se o aumento significativo de 45,7% e de 41,9% para alanina transferase (ALT) nas doses de 250 e 500 mg/kg além do aumento significativo, respectivo de 48,2%, 39,8% e 41,8% para aspartato aminotransferase (AST). Em relação aos valores hematológicos, registrou-se flutuação dentro dos valores de referência na contagem diferencial de hemoglobina, de neutrófilo e de linfócito. Dessa forma, a administração do extrato metanólico de C. jamacaru não apresentou reações tóxicas sobre a maioria dos parâmetros hematológicos e bioquímicos estudados em ratas Wistar adultas grávidas. Entretanto, o aumento dos níveis séricos de AST e ALT em doses elevadas sugere uma sobrecargas hepática, as quais devem ser investigadas em maiores detalhes.
Unitermos: Cereus jamacaru, mandacaru, prenhez, hematologia, bioquímica.
ABSTRACT
The effects of oral administration of methanol extract (ME) prepared from stems of Cereus jamacaru DC., Cactaceae were investigated on the biochemical and hematological parameters in pregnant adult Wistar rats. Twenty rats (n = 5 per group) have been treated orally for four consecutive days with ME in doses of 100, 250 and 500 mg/kg weight, and then, it was determined the biochemical and hematological profiles. The results showed that during the period of treatment there was no signs of toxicity or death. The hematological and biochemical parameters were not modified by oral administration of ME, except for a significant increase of 45.7% and 41.9% for alanine transaminase (ALT) in doses of 250 and 500 mg/kg in addition to the significant increase, of to 48.2%, 39.8% and 41.8% for aspartate transaminase (AST). In hematology, it was registered a fluctuation within the reference values of hemoglobin in the differential count of neutrophil and lymphocyte. In this way the administration of methanol extract of C. jamacaru does not produce toxic effects or alters the majority of biochemical and hematological studies in pregnant adult Wistar rats. However, the increase of serum ALT and AST in high doses suggests a liver overload, which must be investigated in more detail.
Keywords: Cereus jamacaru, mandacaru, pregnancy, hematology, biochemistry.


INTRODUÇÃO
Cereus jamacaru DC., Cactaceae, é conhecido popularmente como mandacaru, mandacaru-de-boi, mandacaru-facheiro, mandacaru-de-faixo, cardeiro, jamacaru, jamaracurú, jumucurú, jumarucú, cumbeba e urumbeba (Zappi & Aona, 2007).
É extremamente rústico, cresce nas catingueiras arbóreas e em locais quase desprovidos de solos, e se multiplica regularmente, cobrindo extensas áreas da caatinga (Lima, 1996), sendo um vegetal comum em praticamente todo o nordeste brasileiro, ocorrendo nos estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e também em Minas Gerais (Zappi & Aona, 2007).
O mandacaru é utilizado principalmente na alimentação de ruminantes nos longos períodos de seca que ocorrem na região nordeste (Cavalcanti & Resende, 2006). Os seus frutos servem de alimentos para pássaros e animais silvestres da caatinga (Cavalcanti & Resende, 2007), e que apesar de insípido são bastante apreciados pela população (Barbosa, 1998), sendo inclusive uma alternativa para a fabricação de vinho (Almeida et al., 2006). A sua polpa, de acordo com Pimentel Gomes (2007) é doce e comestível, e a semelhança de outras cactáceas pode ser utilizada na alimentação humana (Salema, 1966; Albuquerque & Andrade, 2002; Silva et al., 2005a).
A raiz do mandacaru, sob a forma de infuso ou decocto, é utilizada no tratamento de distúrbios renais, digestivos, respiratórios e hepáticos (Agra et al., 2007). As cascas do caule raspadas e curtidas em água, também são utilizadas para distúrbios renais (Albuquerque & Andrade, 2002) e no controle do colesterol alto (Magalhães, 2006), enquanto a polpa do caule, misturada ao açúcar, é usada no tratamento de úlceras estomáquicas (Agra et al., 2007). Outras indicações populares para o uso da casca e do caule do mandacaru são para o combate à sífilis, e doenças vertebrais (Andrade et al., 2006a, b), como laxativo (Motta, 2003), como antiescorbútico, vermífugo, cicatrizante, antitumoral de origem glandular, cardiotônico (Correa, 1969), febrífugo (Lima, 1996) e como antiinflamatório (Gomes, 1972).
No estudo da toxicidade aguda foi verificado que o extrato bruto de C. jamacaru não apresentou ação cumulativa; em doses menores produziu efeito estimulante no sistema nervoso central, enquanto doses mais elevadas apresentaram efeitos depressores (Souza et al., 2000). O extrato hidroetanólico de Cereus jamacaru apresentou inibição tumoral evidente sobre tumores induzidos em camundongos (Sarcoma 180), contudo, se faz necessários estudos farmacológicos mais aprofundados para avaliar a potencialidade desse vegetal (Souza et al., 2001). Silveira et al. (2006) verificaram que em concentrações de 25, 50 e 100 mg/kg o extrato etanólico de C. jamacaru não provocou nenhuma alteração hematológica quando administrado nos quatro primeiros dias da gestação.
De acordo com Davet et al. (2009) os componentes principais de C. jamacaru são duas aminas (tiramina e a N-metiltiramina), sendo estas consideradas pelos autores, marcadores da espécie. Além dessas aminas os autores citam ainda a presença da hordenina e tirosina. A tiramina é o primeiro alcalóide derivado da tirosina, sendo formada por descarboxilação simples (Mann, 1987), enquanto a hordenina é resultante da metilação da tiramina. Todas essas aminas são alcalóides encontrados em diversos alimentos como abacate, laranja, banana, repolho (Vieira, 2006).
A tiramina, assim como as aminas a ela relacionadas age de forma indireta, modificando o acúmulo e a liberação de norepinefrina nas terminações nervosas. Estas aminas permitem que a norepinefrina interaja com seus receptores, porque retiram o neurotransmissor das áreas de reserva nas vesículas sinápticas ou de locais de ligação extravesicular (Bruton et al., 2006).
É curioso a falta de estudos que avaliem os possíveis efeitos deste vegetal no desenvolvimento do concepto, uma vez que trata-se de uma planta com toxidade indefinida e de uso comum na população brasileira, tanto na medicina dita popular, quanto na alimentação humana e animal. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade e alguns parâmetros bioquímicos séricos e hematológicos de ratas grávidas sob ação de diferentes doses do extrato metanólico de Cereus jamacaru DC., Cactaceae, no período da organogênese.

MATERIAL E MÉTODOS
Material botânico
Para a realização do estudo, foram utilizados exemplares de Cereus jamacaru DC., Cactaceae, coletados no município de Igarassú-PE, em março de 2007. O material botânico foi depositado no Herbário Geraldo Mariz do Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, sob registro 43010.
O extrato de C. jamacaru foi obtido através de maceração da parte interna do caule. E cuja obtenção, os exemplares foram lavados, cortados, e macerados em álcool metílico PA (Vetec®) em um liquidificador industrial. Após este processo de maceração, material vegetal e o solvente foram mantidos ao abrigo da luz durante quatorze dias. Em seguida o material foi filtrado e concentrado em rotaevaporador para eliminação do solvente orgânico (45 ºC) para obtenção do extrato metanólico bruto.
Animais
Foram utilizadas ratas Wistar, Rattus norvegicus var. albinus com peso de +280 g, provenientes do Biotério do Departamento de Antibióticos, Universidade Federal de Pernambuco. Os animais receberam água e dieta (Labina®) ad libitum e foram mantidos sob condições controladas de iluminação (ciclo 12 h claro/escuro) e temperatura (23±2 ºC). O protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEEA) da Universidade Federal de Pernambuco (Processo nº23076.018858/2007-27).
Vinte fêmeas correspondendo a quatro grupos (n = 5 por grupo), foram tratadas durante quatro dias consecutivos, com administração por via oral (gavage), do extrato metanólico de C. jamacaru nas doses de 100, 250 e 500 mg/kg (grupos tratados) e soro fisiológico (grupo controle), durante o terço médio da gestação, ou seja, os animais receberam as doses nos dias 8, 9, 10 e 11 após a fertilização. Durante a gestação todas foram avaliadas de acordo com os sinais clínicos de toxicidade e tiveram a sua massa corpórea registrada. No 15º dia foram anestesiadas com uma mistura de ketamina (85 mg/kg) e xilazina (3 mg/kg), de acordo com Ferro (2007), para a coleta do sangue por punção cardíaca.
O sangue foi acondicionado em dois tipos de tubo: um com anticoagulante (EDTA) BD (Vacutainer®) para determinação dos parâmetros hematológicos, e o outro, sem anticoagulante BD (Vacutainer®) para avaliação dos parâmetros bioquímicos (Silva et al., 2005b).
Avaliação da toxicidade
A toxicidade foi avaliada através de observação dos sinais clínicos nos animais (abortamento, diarréia, piloereção, taquicardia, perda de peso e óbito), após a administração do extrato metanólico durante o período do tratamento.
Análise bioquímica
Os parâmetros glucose, uréia, creatinina, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (AST), colesterol total, triacilglicerídeos, fosfatase alcalina, bilirrubinas (total e direta), proteína total e frações (albumina e globulina) foram obtidos no aparelho analisador bioquímico Modular Analytic P (Roche®) com sistemas comerciais do mesmo fabricante (Silva et al., 2005b).
Análise hematológica
Os valores para os eritrócitos, a hemoglobina, o hematócrito, os índices hematimétricos, os leucócitos (contagem total, relativa e absoluta) e as plaquetas foram determinados segundo Silva et al. (2005b) utilizando o analisador automático Sysmex XT 1800i (Roche®). A contagem diferencial de leucócitos foi realizada em extensões coradas com Panótico Rápido InstantProv (Newprov®). Em cada ensaio, 100 células foram analisadas e contadas (Silva et al., 2005b).
Análise estatística
Os valores foram expressos como média±erro padrão da média. As diferenças entre os grupos foram determinadas através da Análise de Variância (ANOVA - oneway), seguida, quando detectada diferença, pelo teste de Bonferroni. O nível de significância para rejeição da hipótese de nulidade foi sempre > a 5 %.

RESULTADOS
Durante o tratamento, não foram observados sinais clínicos de toxicidade e nenhum óbito foi registrado. O tratamento durante a fase da gestação estudada de forma geral, não induziu modificações no perfil bioquímico, uma vez que os parâmetros mantiveram-se dentro da faixa de referência (Harkness & Wagner, 1993; Cubas et al.,, 2007), como para os valores observados no grupo controle. A exceção foi observada em relação a ALT nos grupos tratados com as duas doses mais elevadas, os quais aumentaram significantemente em 45,7 e 41,9% (p<0,05, n = 5) assim como, a AST que aumentaram, respectivamente, em 48,2, 39,8 e 41,8 % (p<0,05, n = 5), nos diferentes grupos tratados em relação ao grupo controle (Tabela 1).
Ao analisar os parâmetros hematológicos observou-se que a administração por via oral nos animais tratados com o extrato metanólico não apresentou alteração significativa (Tabela 2), embora flutuações na contagem diferencial de hemoglobina, de neutrófilos e de linfócitos tenham sido registrados.

DISCUSSÃO
A avaliação hematológica representa uma importante área de estudo sobre o estado de saúde dos animais. O hemograma e a análise bioquímica do sangue podem auxiliar o diagnóstico e o prognóstico de diversas enfermidades (Swenson, 1988; Jain, 1993). Os resultados mostraram que a administração oral durante quatro dias do extrato metanólico de C. jamacaru não produziu reações comportamentais em ratas Wistar adultas gestantes, uma vez que durante o tratamento, nenhum sinal clínico visível de toxicidade foi observado.
O perfil hematológico e bioquímico das fêmeas gestantes esteve dentro dos valores de referência (Harkness & Wagner, 1993; Cubas et al., 2007), havendo, contudo, exceções para a AST e ALT.
As alterações na concentração das enzimas aminotransferases séricas (ALT e AST) e da fosfatase alcalina (FA) são importantes indicadores de lesões nas células hepáticas (Motta, 2003; Milinkovic-tur et al., 2005) e de acordo com Moncorvo et al. (1998) a dosagem da concentração das enzimas ALT, AST, FA e da Gama Glutamil Transferase (GGT) permitem averiguar a presença de alterações da permeabilidade dos hepatócitos pela elevação de ALT e AST, assim como de desordens colestáticas pela elevação de FA e GGT. A amplitude do aumento da concentração de uma determinada enzima em particular, geralmente, está correlacionada ao número de células hepáticas afetadas. A lesão do hepatócito, normalmente está associada a certo grau de colestase, independentemente das possíveis causas (inflamatória, degenerativa ou neoplásica), uma vez que os canalículos biliares podem ficam obstruídos em conseqüência da dilatação das células hepáticas (Moncorvo et al., 1998).
O aumento nos níveis plasmáticos de ALT e AST observados neste estudo foi estatisticamente diferente em relação ao grupo controle (Tabela 1) e divergiu tanto dos valores citados por Cubas et al. (2007), quanto dos apresentados por Dantas et al. (2006), neste a AST e a ALT variaram entre 69,3 a 92,7 U/L e 38,7 a 63,3 U/L, respectivamente. Segundo Motta (2003) estes dados fornecem indícios de alterações na função hepática, uma vez que a AST e ALT são enzimas presentes em altas concentrações no músculo, fígado e cérebro, e a elevação da sua atividade no sangue pode indicar necrose ou moléstia especialmente nesses tecidos. A ALT é encontrada principalmente no citoplasma do hepatócito, enquanto que 80% da AST encontra-se presente na mitocôndria. Assim as alterações nos valores séricos dessas enzimas auxiliam no diagnóstico e no prognóstico de doenças hepáticas. Em danos hepatocelulares leves a forma predominante no soro é a citoplasmática, enquanto que em lesões graves há liberação da enzima mitocondrial, elevando a relação AST/ALT (Motta, 2003). De acordo com Moncorvo et al. (1998) os níveis aumentados da ALT é relativamente específica da doença hepatobiliar, enquanto o aumento dos níveis de AST em valores de dez vezes acima do limite superior de variação normal refletem normalmente uma patologia hepática ou biliar. Dessa forma os valores das aminotransferases são úteis para monitorizar a evolução da hepatopatia parenquimal aguda ou crônica. O aumento nos níveis de AST e ALT nos animais tratados com as diferentes doses (100, 250 e 500 mg/kg) pode indicar um aumento na hepatotoxicidade induzido pelo extrato de C. jamacaru, apesar de nenhuma evidência adversa tenha sido observada durante o tratamento com animais.
É importante lembrar que várias aminas biogênicas como a serotonina, a histamina e a tiramina desempenham importantes funções fisiológicas no homem e em outros animais, atuando como hormônios no sistema nervoso e nos processos de digestão e de síntese protéica. Devido à integração das aminas biogênicas no metabolismo humano, existem mecanismos para seu controle e degradação; esta última envolve diferentes rotas como desaminação oxidativa com monoamina oxidases (Ten Brink et al., 1990; Peters & Kunz, 1995; Oliveira et al., 2004).
A tiramina, N-metiltiramina e hordenina são aminas bioativas que quando ingeridas em grandes quantidades podem provocar efeitos tóxicos, como as enxaquecas, crises hipertensivas e taquicardias, principalmente provocadas pela tiramina (Oliveira et al., 2004; Mosquera, 2005). Estes efeitos podem ser potencializados em indivíduos com comprometimento no sistema das monoaminaoxidases (MAO A e MAO B). Acredita-se que aminas farmacologicamente ativas de origem vegetal devam ser estudadas, uma vez que dependendo da quantidade presente podem vir a representar um risco à saúde devido à possibilidade de desencadear sintomas de intoxicação que podem inclusive comprometer diversos órgãos. O que provavelmente não é o caso de C. jamacaru, por não existir na literatura vigente relatos de intoxicação alimentar animal e/ou humana através de consumo in natura de constituintes do mandacaru, e nem de trabalhos que indiquem intoxicações por produtos derivados desse vegetal. Os achados bioquímicos encontrados nesta pesquisa podem sugerir retenção de alguns metabólitos biotransformados no fígado das ratas durante o terço médio da gestação. Assim, é necessário estudos futuros visando a continuidade deste efeito adverso, com outros parâmetros farmacológicos, inclusive com avaliação de uma possível relação do efeito hepatotóxico com as aminas bioativas presentes no extrato bruto de Cereus jamacaru DC.

CONCLUSÃO
Baseados nos resultados obtidos, conclui-se que a administração do extrato metanólico de Cereus jamacaru não produz efeitos tóxicos e nem alterações sobre a maioria dos parâmetros bioquímicos e hematológicos estudados em ratas Wistar grávidas. Entretanto, o aumento dos níveis séricos de AST e ALT após o tratamento com o referido extrato, em diferentes doses administradas, apontaram para uma possível sobrecarga hepática, a qual deverá ser investigada mais detalhadamente em um estudo futuro.

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Received 8 April 2009; Accepted 5 August 2009


* E-mail: messias@icb.upe.br, Tel.+55 81 3421 1769.