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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PICÃO / CARRAPICHO


PICÃO - Bidens Pilosa



Nomes:


Picão, picão-preto, carrapicho, carrapicho-agulha, carrapicho-picão, erva-picão, gariofilata, guambu, macela-do-campo, picão preto e piolho de padre.
Nome latim:   Bidens pilosa
Nome inglês:  spanish needle, black Jack, broomstick, broom stuff, cobbler's pegs
Nome francês: sornet, herbe à aiguilles
Nome alemão: Behaarter Zweizahn
Nome espanhol: acetillo, amor seco, arponcito, asta de cabra, bidente piloso, cacho  de cabra, cadillo, hierba amarilla, pega-pega.
                                                              Bidens pilosa
Descrição :

Da família das Compostas. Erva anual que floresce em todo o Brasil e tem caule ereto, quadrangular, até l,5cm de altura, ramosa, glabra, às vezes pouco pubescente, ramos opostos; suas folhas pecioladas, opostas, superiores às alternas, deltóides, até 10 cm de comprimento, membranosas, simples ou decompostas, 3-5 pinadas, segmentos ovais até lanceolados, agudos ou acuminados, serrados, capítulos poucos, pedunculados, reunidos em corimbos frouxos de 30 e até 40 flores, amareladas ou brancacentas e perfumadas. Invólucro campanulado, escamas exteriores em geral foliáceas, quase sempre as interiores mais curtas, membranosas, brancacentas e ciliadas nas margens, A planta inteira oferece duas resinas e tanino. As resinas são aromáticas, sendo uma ácida e outra neutra, amarga, raucilginosa, estimulante, desobstruente, antis-corbútica, odontálgica (principalmente a raiz), sialagoga, anti-disentérica, antileucorrétca, vermífuga e vulnerária; recomendada também contra a icterícia e a diabete, útil também nas inflamações da garganta, das feridas que apresentem mau caráter, e nos engurgitamentos das glândulas mamarias. Comestível, usada como "legume" no Congo Belga e no Transwaal, pelos indígenas e até mesmo por alguns europeus. Considerada "erva-má", porque devasta as plantações, porém, apreciada pelos animais que dela fazem grande uso. Contém matéria azotada, matéria graxa, matéria não-azotada, matéria fibrosa, matéria mineral, cálcio, ácido silícico, ácido fosfórico, óxido de potássio e areia. Vegeta nos terrenos baldios ou expostos assim como nos campos de preferência silicosos. Conhecida também como macela-do-campo, erva-picão, picão-do-campo, picão-preto, piolho-de-padre, carrapicho, seco de amor, aceitilla, cadillo, chilca. pacunga,cuambu, erva picão, alfiler, clavelito de monte.Habitat: É nativo das áreas tropicais da América do Sul, África, Caribe, e Filipinas.

História:


O picão tem uma história longa de uso entre as pessoas nativas do Amazonas, e regiões amazônicas e em outros ssistemas etno-botânicos da América do Sul.
Partes Utilizadas - Toda a planta.  



Indicações :

Muito usado na forma de chá para combater icterícia e hepatite. Tanto para uso interno como para banhos, o picão é muito conhecido pelos que procuram nas plantas o remédio. Distúrbios menstruais; Bactericida, antiviral, anti-fermentativo; Diabetes; Diurético; Anti-oxidante; Hipoglicemiante; Seca as secreções; Hepatoprotetor; Leucemias; Anti-inflamatório, anti-espasmódico; Inibe a atividade tumoral; Vermífugo; Anti-ulceroso, controla a acidez estomacal e estimula a digestão. Diarréias e disfunções hepáticas.

Uso pediátrico:

As mesmas indicações possíveis.

Uso na gestação e na amamentação:

O picão apresentou atividade estimulante uterina fraca em cobaias.
Por esta razão não deve ser usado durante gravidez.

Principios Ativos : 
 
carotenóides, fitosteróides, poliacetilenos e ácido nicotínico, Flavonoides; Terpenos; Fenilpropanoides; Lipídios; benzenoides; Principais compostos: esculetina, ácido behenico, beta-sitosterol, ácido butanedioico, butoxilinolatos, cadinoiss, cafeína, ácido caffeolico, ácido caprico, daucosterol, ácido elaidico, ácidos eritronico, friedelanos, friedelinas, D-germacreno, glucopiranoses, glucopiranosideos, inositol, isoquercitrina, ácido laurico, limoneno, ácido linoleico, lupeol, luteolina, muuroloi, ácido miristico, ocanin-glucosideo-palmitico, ácido palmitoleico, ácido paracoumarico, phenilheptatrieno, ácido fitenoico, fitol, pilosola UM, poliacetilenos, precoceno , piranosos, quercetina, sandaracopimaradiol, O- tridecatetraendieno e ácido de vanilico. Modo de usar : infusão
de 1 xícara de café da planta picadas em 1/2 litros de água. Tomar 1 xícara de chá a cada 4 horas para o uso geral. Banho - utilizar a infusão 2 vezes ao dia. Contra-indicações/cuidados: O picão contem uma pequena quantia de cafeína e não deve ser usado por pessoas que sejam alérgicas ou sensíveis à cafeína.
Modo de usar: infusão
de uma colher das de sopa (5g) da erva em ½ litro de água fervente. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia: hepatite, icterícia, diabete, verminose; - infusão de uma xícara das de cafezinho da planta picada em ½ litro de água. Tomar 1 xícara das de chá a cada 4 horas; gargarejo: amigdalite e faringite; compressas (pode-se usar o suco da planta, ao invés da infusão): feridas, úlceras, hemorróidas, assaduras e picadas de insetos; - decocção (para uso externo) de 10 colheres das de chá de folhas em 1 litro de água: abluções, compressas tópicas ou gargarejos; - suco de folhas frescas, contusas. Cmpressas em feridas e úlceras; - banho: utilizar a decocção acima, 2 vezes ao dia: vulnerário e anti-séptico.

Posologia:

10g de planta inteira fresca ou 5g de planta inteira seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decocto, 1 -3 vezes diariamente dependen-do da condição que está sendo tratada. Tintura: 2 a 3 ml duas vezes por dia ou 2-3 g de erva em pó em tabletes, cápsulas, ou mexido em agua (ou suco) duas vezes por dia. Interação medicamentosa: A presença das cumarinas, diminuem a eficácia de medicamentos tal como Warfarin; Hipoglicêmicos ou diabéticos só devem usar o picão sob a supervisão de um profissional qualificado e ter seus níveis de açúcar controlados.

Farmacologia:

Já em 1979 e 1980, cientistas demonstraram que os rpincípios químicos encontrados erva eram tóxicas a bactéria e fungos; Muitos do flavonoides apresenta-ram atividade antimalárica; Em 1991, cientistas suíços isolaram vários fitoquímicos com propriedades antimicrobianas e antiinflamatórias e concluíram que "pode-se racionalizar o uso desta planta em medicina tradicional no tratamento de feridas, contra inflamações e contra infecção bacteriana da área de gastrointestinal"; Um novo fitoquímico bioactivo, descoberto em 1996, mostrou atividade contra linhas de célula humanas transformadas; O picão foi o assunto de pesquisa clínica recente que apoiou muitos de seus usos em medicina herbácea. Um grupo de pesquisa em Taiwan informou o extrato de picão era capaz de proteger o fígado de ratos de várias toxinas. Este grupo havia demonstrado anteriormente ações antiinflamatórios do picão preto em animais; Em 1999, um grupo brasileiro de pesquisa confirmou as atividades antiinflamatórios em camundongos e os atribuiu a um efeito modulador imunitário. (O extrato reduziu a quan-tia de células imunes em sangue humano num estudo prévio síntese); Além do mais, outra pesquisa demonstrou que o extrato inibia a síntese de prostaglandina e atividade da ciclooxygenase (COX). Ambos são processos químicos ao ligados doenças inflamatórias. Outras áreas de pesquisa validaram uso tradicional do picão para úlceras e diabetes. Outro estudo in vivo com ratos e camundongos demonstrou que o picão tem atividade hypoglicemica e pode melhorar sensibilidade à insulina que valida sua longa história em medicina herbácea para diabetes. Os pesquisadores atribuíram as propriedades hipoglicemiantes da planta a um grupo de glucosideos encontrados nas partes aéreas da planta; O Picão também preveniu hipertensão em ratos e abaixou os níveis de triglicérido. Em ratos de hipertensos (incluindo hipertensão alta salinduzido dietética), extratos da planta baixaram signi-ficativamente a pressão arterial - sem ter um efeito no débito cardíaco e volume de urina. Também foi mos-trada atividade relaxante na musculatiura lisa do co-ração; Em 1991, cientistas do Egito documentaram atividade antimicrobiana contra vários patogenos. Outro estudo in vitro demonstrou sua atividade de antibacteriana contra um vasto leque de bactéria incluindo Klebsiella, Bacilo, gonorrhea de Neisseria, Pseudomonas, Estafilococo, e Salmonela. Extratos da folha também tem atividade antimicobacteriana con-tra Mycobacterium e M. smegmatis, Cândida albicans. Ppesquisas confirmaram o usos nos trópicos para mordedura de serpente e malária; ( um grupo de pes-quisa confirmou que um extrato de picão podia proteger camundongos de injeções letais de veneno neurotoxico de cobra); A última área de pesquisa focalizou as possibilidades anticancerosas. Em vários sistemas de ensaio in vitro mostrou atividade antitumoral. Pesquisadores de Taiwan informaram em 2001 que um simples extrato quente de picão podia inibir o crescimento de cinco tensões de seres humanos e leucemia de camundongos, em menos que 200 mcg por ml em vitro. Resumiram sua pesquisa dizendo que "o picão provou ser uma planta medicinal útil para tratar leucemia".

Efeitos colaterais:

O picão é hipotensor; pacientes cardíacos em uso de medicamento podem ter reações bruscas até a regulagem das doses. Consute uma médico.




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